Quem você quer atrair e engajar para o seu curso? Quem tem se inscrito no seu curso? Foi previsto algum engajamento para o curso? E como você pretende fazer com que seus alunos se engajem?
Ainda é comum que os autores e produtores de cursos online, que não são professores, acreditem que basta padronizar a distribuição de algum tipo de conteúdo que os alunos aprenderão. Seria realmente fácil se precisássemos só controlar e padronizar o conteúdo.
Engajamento e motivação exige um mais do que isso. E como ainda há alunos que se dedicam o suficiente para que o tema seja colocado em foco, quero lembrar a você que o conteúdo é importante, porque é a porta de entrada do seu curso. Estando lá dentro, é seu desempenho e a forma como interpretou o conteúdo e formatou sua entrega que possibilitará este engajamento.
Nos cursos online é possível tanto traçar caminhos que motivem e engajem, quanto outros que acabem por afastar os alunos. Tudo é uma questão de escolhas. E neste caso vamos de encontro com o dilema, oferecer o que as pessoas querem, buscam ou oferecer o que elas realmente precisam. Necessariamente você precisará ter sempre em mente o que seu público espera da sua oferta, porque afinal foi por isso que te procuraram.
É essencial para conectarmos com estes alunos, fazer a pergunta: Que tipo de envolvimento que eles estão procurando? Cruzar estas informações garantirá que o planejamento alcance seu objetivo. Afinal, toda a previsão de interação e envolvimento com o aluno deve ser previsto antes da aplicação do curso. Este planejamento envolve escolher quando e onde o aluno deve clicar, o que ele vai ver, ler ou ouvir. O engajamento diz respeito a como o aluno interage com o conteúdo, com os materiais e tecnologias disponíveis, com o mediador e com os outros alunos.
Os “4 Modos de Atrair e engajar Seus Alunos Online” trazem elementos nos quais você deve pensar quando estiver modelando seu curso e assim conseguir fazer uma costura que impacte seus alunos.
1 . Envolver-se com o conteúdo (FORMATO DE ENTREGA)
Conteúdo relevante e de qualidade, a audiência agradece.
Para que a aprendizagem ocorra, os alunos precisam encontrar novos conteúdos, ou pelo menos os conteúdos são apresentados de outra maneira. Sua audiência sempre estará pedindo novos conteúdos.
É comum nas pesquisas que antecedem a produção de conteúdos, a audiência apresentar uma longa lista de tópicos que precisam ser incluídos na formação.
Seus alunos sempre vão considerar que poderia ter sido mais completa a formação. Além disso, o conteúdo em si não muda entre as modalidades, por isso, se você está projetando o treinamento ao vivo ou online, você deve considerar os mesmos pontos.
ATENÇÃO! Para atrair e engajar, você deve levar em consideração:
- Qual a sua postura diante do tema?
- Qual o estilo de escrita e o diálogo que melhor se adapta o conteúdo? Apresentação formal, conversação, ou apenas um checklist?
- O que é o mais difícil ou qual o conteúdo mais crítico para os alunos dominarem?
- O que pode ser identificado como essencial?
- Como você apresentará estes conteúdos essenciais de forma diferente, para que os alunos possam dar prioridade a eles?
- Faz mais sentido para os alunos começar com o problema, ou com a solução?
- Como você levará o aluno a praticar e a aplicar as habilidades mais importantes?
2 . Envolver-se com a mediação (PROCESSOS DE INTERAÇÃO)
Construir a mediação online pode parecer fácil por causa das muitas ferramentas de comunicação que nos permite ficar bem próximos uns dos outros.
E neste ponto, chegamos num dos problemas reais da mediação online: limites. Afinal as tecnologias permitem que o aluno tenha acesso ao autor, mediador, produtor ou tutor, 24 horas por dia e exatamente por isso algumas regras precisam ser estabelecidas.
De uma coisa posso dar-lhe certeza, a mediação é importante para a construção e trocas de conhecimento. A falta de interação acarreta desmotivação e consequentemente aumenta a evasão.
As pessoas desejam se relacionar com outras pessoas e não com máquinas. Sua audiência estará mais próxima, se você estiver disponível para atendê-la de forma personalizada.
Se a interação acontece sempre de forma impessoal, não natural, o aluno acaba se afastando e procurando outros cursos, ou outros experts que possibilitem trocas mais efetivas. O aluno quer ser estimulado, que seu interesse pelos temas e materiais seja despertado, que seja motivado a aprender.
IMPORTANTE: Mesmo em cursos autoinstrucionais você deve buscar alternativas para manter contato com sua audiência.
ATENÇÃO! Procure responder às questões:
- Como criar relacionamentos?
- Quais estratégias de motivação serão aplicadas?
- Como encorajar o senso de responsabilidade?
- Como fazer a avaliação do aluno? Como conseguir seu feedback?
3 . Envolver-se com outros alunos (COMPARTILHAMENTO E COLABORAÇÃO)
Fazer uso da inteligência coletiva, potencializa o processo de aprendizagem. Construções colaborativas, participativas e interativas são pontos altos do processo de interação.
A formação de comunidades de aprendizagem e de comunidades de prática potencializam os processos de aprendizagem.
Um dos objetivos da formação de grupos VIPs é fazer com que os alunos interajam e troquem entre si. Nestes grupos, os brainstormings promovem o surgimento de soluções criativas.
A circulação do conhecimento é importante, assim como a presença de um mediador para atuar diretamente na observância das regras de interação.
Para adotar esta prática, você precisa saber:
- Qual a melhor dinâmica para a interação?
- Como podem os alunos melhor ajudarem um ao outro?
- Como identificar a colaboração e a participação ativa?
- Como facilitar a comunicação entre os alunos?
- Usar fóruns, listas de discussão, grupos de WhatsApp, grupos no Facebook ou outras ferramentas de interação online para facilitar a colaboração e a aprendizagem?
4 . Envolver-se com as tecnologias (CRIAR NARRATIVAS)
As tecnologias da comunicação e da informação continuarão a avançar e a apresentar novas tendências. Você precisa desenvolver estratégias para conectar seus alunos a estas tecnologias e à proposta do curso.
Não basta usar diferentes ferramentas, a questão está em como fazer com que as tecnologias estejam a seu favor, ou melhor a favor do seu curso e do bom aproveitamento dos seus alunos.
Nos cursos online, a evasão é alta e os alunos ficam pulando de curso em curso em busca de algo que possa realmente fazer a diferença. Então você precisa criar um impacto real e duradouro sobre seus alunos pela tomada de decisões estratégicas simples sobre como e por que os alunos devem se envolver com você, com o conteúdo e com os outros colegas.
E para isso você precisará estabelecer a construção de narrativas entre as diferentes tecnologias e as mídias das quais elas fazem uso.
Desta forma, você poderá atender aos diferentes estilos de aprendizagem. Você fará com que seus alunos aproveite o máximo de cada uma das mídias. E, com isso, deixará o material mais leve e fácil de consumir e tornará seu curso mais atrativo.
Os pontos aqui abordados são os pilares do curso a distância: conteúdos, interação/mediação, alunos (processos de colaboração e participação), tecnologias… Só que não existe uma receita pronta e fechada.
A costura dos conteúdos, com atividades que levem o aluno a aplicar os conceitos na prática, com a construção de processos de interação que sejam produtivos e gerem conhecimento. A transformação do aluno ocorre se todos os elementos harmonicamente orquestrados forem significativos para esta audiência.
Acompanhe as postagens no meu blog, pois estarei trazendo sempre outras dicas relacionadas a este e outros temas interessantes da área de educação online