APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS

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Olá… Seja bem-vindo de volta ao Blog do Circuito E-learning.

As metodologias ativas estão na ordem do dia.

Se você é professor de universidade, cursos, livros, ensino básico ou um instrutor de alguma área técnica, é fundamental se apropriar de metodologias ativas para proporcionar, aos seus alunos, experiências de aprendizado mais interessantes e dinâmicas.

Para abrir a série de textos que vou trazer para o blog, resolvi tratar de Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem Based Learning – PBL).

O segredo do método é aprender com problemas. Isso quer dizer que existem situações que nos despertam a refletir e criar alternativas para lidar com os desafios que elas trazem.

A escolha dessas situações, na aplicação da PBL, não poder ser aleatória. Você precisa entender qual é o perfil do seu aluno, entender qual é a necessidade dele para saber se aquela situação vai funcionar e gerar o resultado que você espera.

Vale lembrar: conhecer o perfil do estudante é uma tarefa incontornável. Se você quer trabalhar com metodologias ativas, imersivas ou ágeis, é preciso saber com quem você vai dialogar.  A sua proposta pode ser incrível, mas se não faz sentido para o seu público é provável que você não chegue aonde quer.

Se você pensar em problemas, acredito que virá a sua cabeça algo matemático, com uma solução única. Entretanto, será que é disso que estamos falando?

A resposta é NÃO. Uma situação problema ideal é maleável, flexível e adaptável a diferentes contextos. O ensino a distância expande as fronteiras do conhecimento e por isso é comum lidarmos com pessoas de diferentes origens e diferentes interesses.

Quando as situações problemas possuem essas características, ou seja, dão margem a soluções diversificadas, são extremamente ricas para os processos de aprendizagem.

Quando eu penso num problema, tenho que pensar em algo que vai me gerar caminhos diferentes.

Agora, reflita comigo: qual é a diferença entre a PBL e a Problematização?

Simular um problema te abre portas para imaginar fatos que não aconteceram, ou seja, você pode modelar algo adequado a seu objetivo e complexificar as nuances para treinar a atenção dos seus alunos em diferentes planos, estimulando-o a perceber os detalhes. Quando entregamos situações problema para os alunos, temos que traçar o contexto para que existam soluções.

IMPORTANTE: o feedback da PBL é muito importante, na medida em que você, professor, enquanto idealizador da atividade, precisa direcionar o seu aluno para a percepção dos detalhes importantes que estão em questão e assim chegar a uma solução mais adequada.

A problematização, que envolve a aplicação do método conhecido como Arco de Maguerez, por sua vez, aborda situações reais. Você joga para seus alunos alguma questão do contexto que eles estão inseridos ou para uma realidade que seja palpável, acessível de ser analisada. Pode ser um problema passado ou um problema do presente. É trazer os dados e detalhes de forma concreta. Seu aluno vai destrinchar o contexto, vai investigar os aspectos, levantar as hipóteses e construir uma reflexão.

Os problemas movem as nossas sociedades. Fazem parte da vida humana.

Quando você investe nessas metodologias, você desperta a motivação do aluno para criar alguma coisa que transforme o cotidiano, a vida prática. Por isso, você pode trazer essas metodologias para qualquer nível de ensino em que você trabalhe. É claro, é preciso dosar a complexidade do que você quer trabalhar, mas é possível promover uma aprendizagem significativa trabalhando com problemas.

Respeite os recursos e as possibilidades dos seus alunos.

Uma dica de ouro: investir em histórias e narrativas é uma maneira de despertar a curiosidade dos seus alunos. Os problemas e situações trabalhados não precisam ser frios e distantes. Você deve se esforçar para envolver seus alunos no que será trabalhado, faça-os sentir como se estivessem vivendo a situação e como podem aproveitar a oportunidade para criar. Faça-os desejarem sair de lugares comuns.

Esse é o primeiro passo para que você consiga gerar maior engajamento em suas aulas. Levar com que os seus alunos se identifiquem com os problemas e casos trazidos para análise.

Para continuar desenvolvendo suas habilidades, convido você a conhecer nossa formação Metodologias Ativas na Prática .

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